quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Bar Brasil de Londrina: desde 1941 com a mesma família

FOLHA DE LONDRINA

'Dinâmica de uma pessoa mais nova mudou o bar'

"Acho que muita gente de idade, que não vinha há tempos, está retornando"

Gustavo Carneiro
Rhay Wesley entre os pais Lourival de Souza e Mara Tukumantel: futuros planos para o estabelecimento fundado em 1941 incluem programação com cinema, dança e teatro
O tradicional Bar Brasil, em funcionamento desde 1941, é administrado por Lourival Garcia de Souza, de 68 anos, e sua esposa, Mara Tukumantel, de 55, desde 1988. Há alguns anos, o filho do casal, Rhay Wesley, de 25, passou a ajudar na gestão do estabelecimento.

"Era muito esporádico. Comecei a ajudar mais no final de 2005, nos dias (de transmissão) de jogos de futebol. Eu ficava no caixa. Um dia, meu pai pediu para ajudar a recolher o que estava no balcão. Aí comecei como garçom. Hoje, faço os contratos, agencio os eventos, faço a programação e cuido da parte financeira do bar", explica Rhay.

Mara conta que a participação do filho na administração do Bar Brasil não foi planejada. "Ele começou a vir aos pouquinhos. No começo, ele não gostava. Na época, ainda não era proibido fumar dentro do bar, então o cheiro de cigarro era insuportável. E o Rhay nunca foi de beber, só de vez em quando. Então o bar não era a menina dos olhos dele. Mas aí ele pegou gosto para valer. ‘Vestiu a camisa’ do bar. Deu uma guinada, começou a colocar shows de música, ele quer transformar o Bar Brasil em um ponto cultural. A dinâmica de uma pessoa mais nova mudou o bar. O perfil não mudou, mas eu acho que muita gente de idade, que não vinha há tempos, está retornando. É uma volta da velha guarda do Bar Brasil", afirma.

Além das discotecagens e apresentações de chorinho e samba que têm se tornado comuns no Bar Brasil, Rhay planeja uma programação com cinema, dança e teatro para os próximos anos. Mas ele ainda não sabe se vai tocar o bar adiante: formado em Direito, quer fazer carreira na área jurídica.

"Pretendo trabalhar com algo mais estável e que me proporcione mais tempo livre. O trabalho no bar, além de desgastante, tem muita instabilidade. Tem épocas em que está bom, depois o movimento cai", justifica. (F.G.)

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